Oras, toda! Não se comemora a mera existência do aniversariante, e sim os laços que temos com ele. A forma como ele colabora para um mundo melhor. Damos os parabéns para pessoas que conseguem realizar algo grandioso, importante. E, não por acaso, fazemos o mesmo com quem comemora aniversário. Então quem ganha uma corrida merece os parabéns, quem acerta um alvo "na mosca" merece os parabéns, mas quem vive mais um ano não merece?
A vida é tão maravilhosa! Por que não parabenizar quem alcançou mais um ano dela? Vivemos em uma realidade cíclica, os mais curtos são fáceis de perceber: os ponteiros do relógio dão suas voltas, os dias e as noites se intercalam, a revista que assinamos chega todo mês. Mas alguns são mais sutis e nem sempre percebemos. Um estado de espírito que nos envolve sempre em uma determinada época do ano, um tipo de dificuldade que sempre ocorre, cada vez manifestada de forma diferente mas sempre com a mesma raiz. É a vida tentando nos ensinar algo, se não aprendemos de uma determinada forma, ela tenta nos ensinar de outra.
Não ligamos tão facilmente aquela discussão feia que tivemos com nosso amigo num ano, com os problemas com o chefe que tivemos no ano seguinte e com aquela briga que quase terminou o nosso relacionamento meses depois. É a vida, nossa grande mestra, tentando nos avisar "você precisa trabalhar mais o trato com as pessoas". E assim pode acontecer, em qualquer âmbito. Comemoramos as lições aprendidas e as que estão por vir, afinal são oportunidades de aprimoramento.
Comemorar a vida! Existe algo mais belo a se comemorar? Tomando emprestada a mensagem de mais uma grande pessoa: ‘Brindemos a vida pelos sonhos conquistados, pelas sagas vividas lado a lado’.
Colaboração:
Rafael Ferreira
Estudante de filosofia da Nova Acrópole Cuiabá
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