quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dalai Lama: O amor, a compaixão e a arte da felicidade

Dalai Lama é o líder espiritual do budismo tibetano, todos que o encontraram disseram que ele passa uma enorme tranqüilidade, como se uma grande calmaria inundasse as pessoas. É assim que me senti ao ler esse livro, acredito que assim que você também se sentirá!

Independente da crença, todos nós buscamos a felicidade. Muitas vezes buscamos essa felicidade através de um relacionamento, de um bem material, mas ela só depende de nós, do nosso interior! Dalai Lama diz que a felicidade pode ser alcançada através do treinamento da mente. Observe uma passagem do livro na qual ele fala um pouco sobre “treinar a mente”:

“Quando falo em “treinar a mente” neste contexto, não estou me referindo à “mente” apenas como a capacidade cognitiva da pessoa ou seu intelecto. Estou, sim, usando o termo no sentido da palavra “Sem”, em tibetano, que tem um significado muito mais amplo, mais próximo de “psique” ou “espírito”; um significado que inclui o intelecto e o sentimento, o coração e a mente. Por meio de uma certa disciplina interior, podemos sofrer uma transformação da nossa atitude, de todo o nosso modo de encarar e abordar a vida.”

É através dessa disciplina interior que nos abrimos para os sentimentos de amor, compaixão e altruísmo. Como disse Dalai Lama, quanto maior o nível de serenidade da mente, maior será nossa paz de espírito e maior nossa capacidade para levar uma vida feliz e prazerosa. O livro nos traz estudos que mostram que pessoas infelizes são mais centradas em si mesmas enquanto as pessoas felizes demonstram uma abertura maior, são mais bondosas e ajudam o próximo.

Já teve a sensação de felicidade ao ajudar alguém? Aposto que sim! É um ciclo, ajudamos as pessoas e ficamos bem, quando ficamos bem estamos despertando bons sentimentos, estamos disciplinando nossa mente para algo positivo, elevamos nosso espírito, nos tornamos um só!
Boa leitura!

Indicação da estudante da Nova Acrópole Cuiabá, Letícia Franco. O livro está disponível para empréstimo na Livraria Ganesha 

sábado, 2 de julho de 2016

‘A genialidade de Leonardo Da Vinci’ é tema de palestra na Nova Acrópole Cuiabá

Cientista, militar, pintor, arquiteto, escultor, botânico, urbanista, cozinheiro, inventor, matemático, geógrafo, geólogo, físico, humorista, produtor (cenógrafo, maquiador, figurinista), cantor, compositor, músico, malabarista, anatomista, astrônomo, astrólogo, alpinista. Fica até difícil imaginar um ser humano com tantas habilidades, não é mesmo? No entanto, essa foi parte da obra de Leonardo da Vinci, um gênio do Renascimento que não dissociava o conhecimento do amor e autodenominava-se “discípulo da experiência”, acreditando firmemente na vida e no tempo como sábios mestres. Simples e objetivos, seus conselhos até hoje são de grande valia na busca da própria identidade.

É por isso que a escola Nova Acrópole Cuiabá fez o resgate filosófico da vida e obra deste gênio a fim de trazer à tona algumas das principais lições que Da Vinci deixou para a humanidade. A palestra ‘A genialidade de Leonardo Da Vinci’ ocorre neste sábado (02/07), a partir das 19h, na sede da instituição. De acordo com o palestrante, Rafael Ferreira, apesar de sua tremenda dedicação em tudo o que fazia, quando acreditava que uma obra já tinha lhe ensinado tudo o que havia para ser aprendido, concluía o trabalho e buscava algo novo para aprender e praticar.

“Quando se estuda filosofia logo entendemos que o homem não veio ao mundo 'fazer coisas', pois o maior objetivo humano é de aperfeiçoar-se. Portanto, a ação é um elemento intrínseco do conhecimento, ou seja, quem sabe: faz e o verdadeiro conhecimento é aquele que eu consigo aplicar em diversos aspectos da minha vida, não apenas no contexto onde eu aprendi”, revela.

Da Vinci estudou anatomia de seres vivos (plantas, animais e humana) de forma tão profunda que fez descobertas inovadoras sobre botânica e medicina e utilizava este conhecimento anatômico para construir obras de arte com uma fidelidade impressionante. “Hoje percebemos que o homem pensa demais e age pouco. Impera a superficialidade e a opinião e, mesmo quando abordam várias áreas de conhecimento, preocupam-se muito com elementos que, muitas vezes, não são os mais importantes daquela área. Poucos se detém em aprender algo que realmente vá fazer a diferença para o ser humano”, conclui.


O tema faz parte da mostra do curso de Filosofia à Maneira Clássica. No dia 09/07, a partir das 19h, a escola abordará ‘O ideal secreto dos templários’, ‘Homem: espectador ou protagonista’, dia 23/07 e ‘Filosofia Além da Teoria’, dia 30/07. A Nova Acrópole Cuiabá está localizada na Rua Alta Floresta, nº 82, Bairro: Jardim Alvorada (Atrás do Hospital Universitário Júlio Muller). Mais informações ou inscrições pelos telefones: (65) 2129-9002/9919-1700 ou whatsapp (65) 9993-2221 e no site: http://www.acropole.org.br/brasil/sedes/cuiaba.

domingo, 26 de junho de 2016

Programação Especial - Sábado (02/06), às 19h




A Genialidade de Leonardo da Vinci
Neste sábado, 02/07, às 19h
Inscrições Gratuitas: http://goo.gl/aFgTPw

“Utilizando as medidas áureas fez projeções sobre todas as coisas criadas pela Natureza, e é espantoso ver como interpretou as copas das árvores e as formas dos animais”, JAL

Será possível viver como Leonardo Da Vinci, o maior gênio do Renascimento? O cientista, astrofísico, político e artista sempre agia e trabalhava a partir de sete princípios, conquistando, assim, inúmeras realizações e uma maneira profunda de se relacionar consigo e com a Natureza.
E por serem aplicáveis à vivência de todas as pessoas, a Nova Acrópole Cuiabá, escola de Filosofia à maneira clássica, em palestra no sábado, às 19 horas, apresentará quais são essas premissas vincianas, estimulando você a avaliar o seu modo de pensar e estar no mundo.
Uma delas, por exemplo, é Curiosità, uma fórmula investigativa na busca pelo conhecimento tão natural para as crianças e que deve ser mantida até a velhice, de maneira integrada, hoje conceito conhecido por interdisciplinariedade. Isso porque a sabedoria não tem receita e expressa-se por todas as vias de manifestação da vida.
Entrada Franca
Mais informações:
> (65) 2129-9002
> (65) 9993-2221 (WhatsApp)
Endereço: Nova Acrópole Cuiabá
Rua Alta Floresta 82, Jardim Alvorada
Atrás do Hospital Júlio Muller
Acesse o mapa para chegar até a escola:
https://goo.gl/maps/fsmPpgXtL6N2

Por que não vivemos os ensinamentos?

Quando se ouve falar em filosofia Prática parece até um tanto contraditório já que a ideia que se aprende ao longo dos anos, no estudo convencional, é que o filósofo é aquele que fica apenas pensando, um trabalho meramente intelectual. No entanto, de que adianta saber muitas coisas se as mesmas não podem ser colocadas em prática em nossa vida cotidiana? Se não são capazes de resolver nossos conflitos internos ou nos ajudar a sobrepor problemas comuns?

Para desmistificar a ideia de uma filosofia apenas intelectual e explicar como viver de fato os ensinamentos obtidos dentro da escola de Filosofia Nova Acrópole, a professora Ana Cristina Machado, que há mais de 30 anos atua dentro da instituição, realizou uma palestra ontem em Cuiabá. Segundo ela, só é possível chegar à sabedoria por meio da aplicação dos ensinamentos. “Não é pelo número de livros e sim pela forma como reagimos diante das provas, dando respostas diferentes para a vida. A primeira sabedoria é a de conhecer a nós mesmos. Saber quem somos e o que estamos fazendo nesse mundo, qual o sentido de nossa vida”, afirmou.


Ela explicou que, na maioria das vezes, em nossa vida o discernimento aponta para um lado e as nossas ações para outro, uma espécie de sabotagem interna. “Nós temos que conquistar sabedoria por nosso esforço e dedicação, em um exercício de consciência. Isso que você conquista no aspecto mais profundo e duradouro não se perde”.

Fazendo um link com a matéria de Ética, um dos temas tratados durante o primeiro nível do curso de filosofia, a professora lembrou da importância da Reta Ação – Agir sem querer nada em troca. Citou como exemplo o caso de um colega de trabalho que não ajuda o outro porque não será reconhecido por isso. “Estamos sempre à espera de uma recompensa por nossos atos, mas a natureza não funciona assim, quanto mais se dá, mais se tem. É um exercício de amor, de generosidade”. 


Ana citou três motivos que nos levam a não viver os ensinamentos: Não compreendi profundamente, não assimilei ou não sei o significado real das ideias. “Aquilo que não compreendo não tenho condições de viver. Não deixo entrar, fica na superficialidade, eu bloqueio. Está indo contra uma visão superficial que eu tinha”. Nestes casos, o primeiro passo é começar assumindo que não se sabe.

Depois disso, vem o exercício diário de compreender, assimilar e fazer com que as ideias ampliem, aprender a lidar com as emoções e sentimentos, organizar o tempo, as energias, e a forma com que se trabalha. Integrar os ensinamentos no conjunto da personalidade e não somente em nível da razão. “Um ensinamento só é válido quando penetra a razão, os sentimentos e a ação. Então nos tornamos um elemento de transformação no mundo, somos exemplo”. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Eu acredito em príncipes e princesas, no Amor... e na Vida.

Quando era pequena, amava aquela passagem do Peter Pan, onde a Sininho falava que, cada vez que alguém dizia não crer em fadas, uma fada morria. Batia palmas, energicamente, junto com Peter Pan, para que ela voltasse à vida, e vibrava quando ela alçava voo, espalhando pó de pirlimpimpim para todos os cantos.
Num desses dias, escutava uma jovem que, ao se lamentar pelo aparente fracasso em seu relacionamento, usou uma frase fatal: “Já não sou mais uma menina para acreditar em príncipes encantados montados em cavalos brancos e em amor eterno... já me conformei com a realidade!” Acho que o pó de pirlimpimpim, tantos anos adormecido dentro de mim, despertou e soltou faíscas diante disso: como assim? que realidade? Que as paixões morram, acho natural, pois buscam coisas tão superficiais que já nascem meio mortas; tão instintivas, que parecem mais anseios do cavalo que do príncipe; tão densas e carregadas de fantasias, que parecem partir mais do fígado do que do coração... são mesmo fugazes, as paixões. Mas por que devem carregar consigo o Amor? Quem disse que elas suportariam tal peso?
“Mas os fatos comprovam...” diria a nossa jovem... quem disse que a realidade se mede por fatos? A realidade se mede por sonhos: as coisas mais belas que possuímos são sonhos projetados por homens grandiosos, que atropelaram a mediocridade de suas “realidades” e ousaram levantar voo... Os fatos foram feitos para serem atropelados, para serem trampolim de sonhos... ninguém ensinou isso à nossa jovem? ”Eu sonhava com príncipes e princesas, e vieram homens e mulheres...” ótimo! Já temos a matéria prima, o mármore de onde Michelângelo tirou seu Davi e sua Pietá...”Eu sonhava com ‘Davis’ e ‘Pietás’ e me deram pedras de mármores !”...você o ouviu falar isso? alguém ouviu?
Sabe o que é a realidade, minha jovem? Sonhar ardentemente com um príncipe, nobre, honrado, grandioso e digno, fixar firmemente esse sonho e, com a mesma força, tomar a mão do ser humano que está ao seu lado, embriagá-lo com seu sonho e ajudá-lo a caminhar para lá.
O segredo é apertar bem a mão até doer os ossos; se você apertar o suficiente, costuma grudar para sempre... não as mãos, mas os sonhos e os corações, de tal forma que não desgrudam mais. Se viemos ao mundo para ser agentes da unidade, quanto mais “grude” produzirmos, melhor! “Teu amor me dá asas!”, dizia Khalil Gibran a Mary Haskell, enquanto ela o arrastava montanha acima, mãos bem apertadas, para que suas asas pudessem ser testadas.
Que nem sempre dá certo, é fato; às vezes, o mármore resiste, ou racha... mas não desistimos do cinzel e do nosso ofício por causa disso. Príncipes e princesas esperam, impacientes, no mundo das ideias, para quem alguém os traga ao mundo... e o mundo anseia ardentemente por eles, e sofre por sua ausência...sofre das piores dores que um mundo humano pode sofrer, apenas e exclusivamente por sua ausência, e o amor é o único escultor hábil o suficiente para trazê-los ao mundo! Isso não é real? Diga, minha jovem, se tiver coragem, que isso não é real!
“Mas é trabalhoso, decepciona, dói...” Deixa eu te contar uma coisa: não existe dor mais dolorida do que a da mediocridade; sonho não realizado, vida não cumprida, amor não exercitado...não tem analgésico, no céu ou na terra, que dê jeito nisso! É, viver dói... não viver, sobreviver apenas, não só dói: mutila.
Enquanto uma lágrima que, de tão humana, chega a ser doce, escorre pelo meu rosto, eu lembro que acredito em fadas, que creio em sonhos, que creio nos homens, que creio na vida. E bato energicamente minhas palmas para que seus sonhos despertem, minha jovem. Para que a sua realidade seja povoada de Pietás e Réquiens, e não de pedras brutas de mármore, nanquim e papel em branco. Nós não acreditamos em contos de fadas: nós os vivemos. Eles existem porque nós existimos, e pronto! Escolha o seu mundo, a sua realidade: todos têm dores e realizações, cada um ao seu jeito; eu opto, para hoje e para sempre, solenemente, por uma realidade que não é dada de graça, que se constrói com os materiais que nos oferece a terra e os sonhos que esperam por nós, nos céus...

Lúcia Helena Galvão
Diretora adjunta de Nova Acrópole Brasil


Mais uma vez, o Amor...

E lá se vai mais um dia dos namorados; como o comércio é temático e colore as nossas cidades, circulamos por alguns dias no meio de inúmeros cupidos, corações vermelhos, fotos de casais apaixonados...  e voltamos nossa atenção para o amor, embora não para entendê-lo, mas sim para desfrutar dele, como emoção súbita que quebra a monotonia e introduz um sabor diferente, mas ou menos  intenso, mais ou menos duradouro, na nossa vida.
Alguns filósofos, seres com mania de querer entender as coisas, ao invés de apenas saboreá-las, costumavam dizer que o amor é a busca daquilo que nos falta; com esse pensamento em mente, eu saí por aí olhando um pouco para o mundo e para mim mesma, e a catalogar quantas coisas nos faltam. Na vitrine da perfumaria, cheia de imagens de amor, eu vi muitas rosas tristes, morrendo precocemente, amontoadas num vaso, sem água fresca, sem ar. Serão trocadas amanhã; afinal, elas têm preço, não tem valor; não há tempo para pensar em vasos; é tempo de pensar em amor!  O homem maltrapilho recolhe as moedas que o jovem apressado lhe dá e fica, alguns segundos, perplexo, olhando para elas; talvez não quisesse apenas moedas ou principalmente moedas, mas um  olhar, um sorriso que lhe lembrasse que ele existe para alguém. A placa de trânsito, vandalizada, se equilibra pateticamente numa só perna, tentando, com a dignidade possível, cumprir ainda sua função: sinalizar o caminho para os homens que correm atrás do amor.
Os homens passam uns pelos outros sem uma palavra ou olhar: o que dizer a um estranho? Com um pouco mais de tempo, talvez percebessem que o outro é um só mais uma frente de batalha contra o mesmo inimigo: a dor, a ignorância, o medo, a impotência ante a adversidade; com um pouco mais de tempo, olhariam talvez para o outro e diriam, ainda que silenciosamente: “E aí, companheiro? como foi com a preguiça e a tristeza, hoje? e a motivação, e os sonhos, tudo ok? força aí, parceiro!”  Mas que bobagem, não há tempo para isso; há que chegar a algum lugar e despejar sobre o eleito do nosso coração todas as nossas expressões ruidosas de amor. Há que atravessar um caminho mudo de amor, passando por ruas e casas e animais e coisas e gente vazia de amor. Passar rápido, de cabeça baixa, deixando um rastro seco para trás, pois há relembrar a alguém o quanto o amamos, entenda-se, o quanto nos deve, pois tanto “sentimento” não pode ficar sem contrapartida...
Peço desculpas ao publicitário, à moça da perfumaria, ao rapaz da floricultura, a todos, enfim, pois os filósofos são meio desmancha-prazeres. Se lhes falam de amor, imaginem, querem saber o que é isso, e, uma vez razoavelmente entendido, querem usar para valer; não se sentam, lânguidos, em bancos de praças, chorando pelos amores perdidos... Pedir amor a um filósofo é como dar, a uma criança, uma grande caixa de lápis de cor. “Pinte só o que é seu, querida!” E ela te sorrirá com um sorriso matreiro e encantador, e sairá pintando muros, ruas, pontes... sairá colorindo a vida.


Lúcia Helena Galvão,
 professora e Vice-diretora voluntária da Nova Acrópole  do Brasil


terça-feira, 7 de junho de 2016

Moassy o Cachorro - Dica de Leitura


Livro de Jorge Angel Livraga

Moassy é um cachorro, mas um cachorro diferente dos outros, como ele mesmo diz. É um sonhador, um idealista, buscador da verdade, apaixonado por seu Mestre, o humano que lhe deu vida, que lhe mostrou os caminhos do ser.

Uma brilhante história que vai mostrar de maneira simples e prática as formas de governo e sistemas políticos existentes do nosso momento histórico.

Porém, ele lança um desafio, onde o leitor é que deverá adivinhar os países e os sistemas por onde ele passa.
Colaboração da Biblioteca Ganesha

Os rios, a vida e a transformação humana

Os estudantes de filosofia da Nova Acrópole fizeram parte da ação de limpeza das margens do Rio Cuiabá no último sábado (04/06). Mais do que uma limpeza em si, o evento em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado dia 05/06, teve como objetivo conscientizar a população sobre os impactos causados pelo homem sobre uma das principais fontes de vida da região.

A vida artificial que o homem moderno tem levado faz com que ele obtenha uma visão errônea de que a natureza e o homem sejam coisas diferentes. A vida rodeada de concreto, os supermercados com todos os alimentos industrializados, fazem com que crianças e até mesmo adultos não consigam associar, por exemplo, uma caixa de leite, com uma vaca leiteira. E essa desconexão, somada ao egoísmo e uma visão mercantil de toda a natureza, onde tudo podemos vender e, se não podemos vender, por não ter valor ao homem, deve ser transformado por algo que tenha, faz com que exista a crença de que a natureza existe unicamente para servi-lo.

Entre os temas que propomos a estudar na Escola de Filosofia estão as religiões de todas as civilizações, e é contrastante ver a relação como civilizações da Mesopotâmia, onde estão os rios sagrados Tigres e Eufrates, o próprio Egito com o Rio Nilo, a Índia e o Rio Ganges, tem em contraste com a visão atual. Talvez esses homens do passado tivessem mais claro dentro deles a importância da água para fazer com que a vida se expandisse. Muitos deles sendo adorados como verdadeiros Deuses, dada a importância que exerciam para a sobrevivência dos povos e manutenção da vida.

Com exceção de alguns poucos povos ribeirinhos, que ao tirar o seu sustento de um Rio tem uma conexão de gratidão, no restante da população, percebe-se justamente o movimento contrário já que o consumo desenfreado e a alta geração de lixo fizeram com que esses lugares, até então sagrados, começassem a receber o pior do ser humanos, ou seja, tudo aquilo que já não serve mais. E aqueles locais onde a vida poderia ser mais abundante, com flores e árvores, córregos e ribeirões, tornam-se fontes de mal cheiro, problemas de saúde, ou alagamentos.

Filósofos do passado, diziam que o homem é um Microcosmo, e o mundo a nossa volta o Macrocosmo, é que no homem estão todas as leis da natureza que geram também o planeta. Será que nossas veias e artérias não fazem o mesmo papel dos rios e afluentes?

Como uma escola de formação humana, trabalhamos principalmente contra a extinção do homem. Portanto, a mudança precisa começar no próprio homem, ao reconectar com a natureza e sentir-se uno novamente com ela. A medida com que se eleva o grau de consciência humana todo o entorno acaba sendo afetado positivamente e não apenas os rios, ou mares e todas as demais formas de vida que coexistem, mas principalmente a forma com que vivemos em sociedade. Homens melhores são capazes de transformar o mundo em um lugar melhor também.

Terminamos com uma frase muito usada pelo movimento ambientalista em um sentido de repensar a nossa relação com os rios e a natureza como um todo.

“Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra. A Terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à Terra”.
Frase atribuída ao Cacique Seattle

Texto dos voluntários Caroline Pilz Pinnow e Roni Almeida







quinta-feira, 26 de maio de 2016

O som do coração - Dica de Filme



Era uma vez um garoto chamado August Rush. Ele cresceu em um orfanato e sempre teve em seu coração a esperança de encontrar seus pais. Desde pequeno era muito ligado a música, e sentia que através dela ele chegaria até eles. Um belo dia ele decide sair do orfanato em busca de seu sonho. Ele vive uma grande aventura e passa por muitas provas, sempre com a determinação de continuar sua busca, pois nosso coração sempre nos mostra o caminho correto, basta ouvi-lo.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Filosofia, Arte e Ciência no Renascimento - Dica de leitura


Coleção Tesouros do Mundo Antigo

Este livro é o Compêndio de uma série de artigos sobre a História, Filosofia, Arte e Ciência do Renascimento.

O propósito destes artigos é de proporcionar ao leitor uma experiência filosófica à maneira clássica ou seja, resgatar a ampla gama de conhecimentos e o espírito de universalidade e humanismo que a tradição aportou ao homem renascentista. Logo, fazer disto uma lente através da qual podemos investigar a nós mesmos e ao entorno de maneira mais ampla e mais profunda.

E que as sementes necessitam ser novamente semeadas, para que sobre as bases de uma verdadeira Cultura possa florescer um novo Renascimento.

Colaboração da Biblioteca Ganesha.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O Primeiro Advogado - artigo

Hoje venho contar uma história tão antiga como a humanidade, o nascimento de um ofício: a advocacia. Para isso, remeto-me a Mitologia Greco-Romana.

Há muito tempo, depois de passada a grande guerra entre os Deuses e os Titãs, o mundo era governado pelas divindades do Olimpo. O panteão grego era regido por três grandes divindades: Hades, o Deus do Submundo, Poseidon, o Deus dos mares e Zeus, o regente do Olimpo, aquele que venceu os Titãs, além de outras divindades que completavam este panteão.

Certo dia... Alirótio, filho de Poseidon, cometeu uma violência contra Alcipe, filha de Ares. Ao saber do fato ocorrido e do sofrimento da filha, Ares decidiu vingar-se e acabou matando Alirótio.

Quando Poseidon foi avisado do que havia ocorrido, ele fez uma denúncia formal e pediu para que Ares fosse julgado pelo tribunal dos Deuses do Olimpo. A denúncia foi aceita por Zeus, e o Deus da Guerra foi levado a julgamento, em uma alta Colina na Grécia, nos arredores da famosa cidade de Atenas.

Seria uma grande Utopia da minha parte, se eu contasse como foi feita esta defesa, o que o Deus da guerra alegou no dia do julgamento, isso a Mitologia não conta, não sabemos quais fundamentos jurídicos Ares utilizou. O que a história conta é que a defesa foi tão boa que o mesmo foi absolvido do crime.

Além da absolvição veio o reconhecimento. A cidade de Atenas foi uma das maiores Cidades-Estados que a Grécia Clássica teve, rivalizando com a vizinha do Peloponeso, Esparta. Atenas em homenagem ao fato ocorrido na colina resolveu nomeá-la de Areópago ou Colina de Ares.

Os atenienses escolheram esta Colina para formar o Tribunal. Em homenagem ao Deus da Guerra, diversos julgamentos aconteceram neste local e cada advogado que vinha defender ou atacar sentia um pouco da influência que este Deus deixou. Isso demonstra uma característica desta profissão que é a guerra. Todo advogado tem que ter este referencial quando começar um julgamento, deve saber de sua origem e guerrear pela causa que está subscrevendo.

A influência de Ares no Direito não se restringiu a Atenas, indo muito além. Todos os Cursos da Academia tem uma cor específica e no Direito não seria diferente, a cor do bacharel é a vermelha,  assim como o Planeta Marte também é conhecido como o Planeta Vermelho, ressoando esta influência até os dias de hoje.

Ares para os gregos é o mesmo Deus Marte dos Romanos. A história tem alguns momentos peculiares, sendo um deles a conquista de Roma sobre a Grécia, já que, apesar da dominação romana, os gregos através das artes, da filosofia e mitologia influenciaram os romanos e o pensamento grego difundiu de maneira muito rápida por toda Europa, parece ter ocorrido o casamento perfeito entre o mundo intelectual dos gregos e a prática romana.

O direito atual, por exemplo, é muito influenciado pelo direito que era praticado em Roma, tanto é que usamos os termos em latim até hoje para explicar determinada situação jurídica. Sendo que Roma usava a cor vermelha em seus estandartes e símbolos. Porém se formos analisar de maneira rápida o nascimento da Cidade Romana, veremos que seus criadores, o herói Enéias e, depois de algumas gerações, os Gêmeos Rômulo e Remo, eram descendentes diretos de um Deus. Sendo este, o mesmo que defendeu a honra da filha no julgamento da Colina: o Deus Ares.

Em um momento de crise de valores no qual vivemos, é importante resgatar a origem das ideias, entender que um ofício é formado por um conceito Superior, o que deve nos inspirar a ser melhores em tudo que fazemos, lembrando que toda profissão está marcada por uma Divindade que merece respeito. E, por isso, não podemos jamais decepcioná-la, devendo assim, agir da maneira mais ética, para que possamos, no momento de uma audiência, ser um canal e deixar correr na nossa veia o sangue vermelho de Marte, e com isso travar a guerra justa, acreditando sempre que existe um Deus tutelando a nossa profissão.

Bruno Motta - Estudante de direito e voluntário da Escola de Filosofia, Nova Acrópole

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dia de Leitura - Carta sobre a Felicidade

Carta sobre a Felicidade - Epicuro

“Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do Espírito".

Este é um pequeno trecho deste livro do filósofo Epicuro, uma carta envolvente que nos convida a buscar a filosofia e a trabalhar por um mundo novo e melhor.

Epicuro nos convida a viver a filosofia de maneira plena e a colocar ela em todos os momentos da nossa vida.

Colaboração: Biblioteca Ganesha
Nova Acrópole Cuiabá

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Odisseia - palestra com Lúcia Helena Galvão

Os mitos são verdadeiros patrimônios da humanidade, um convite para dentro de nós mesmos codificados através de uma linguagem universal e não, meramente, uma curiosidade histórica.
Embarque conosco nesta fascinante viagem de autoconhecimento escrita, por Homero, para o homem de todos os tempos e descubra o simbolismo de uma das histórias mais conhecidas em todo mundo! Na companhia de Ulisses realizaremos uma Odisséia interior conferindo as provas que passamos diariamente, inclusive para relembrar quem somos, de onde viemos e para onde regressamos, a nossa Ítaca.
Nova Acrópole é uma organização filosófica presente em mais de 50 países há 54 anos, e tem por objetivo desenvolver em cada ser humano aquilo que tem de melhor, por meio da Filosofia, da Cultura e do Voluntariado.

www.acropolis.org
www.acropole.org.br (Brasil - Centro-Oeste, Norte e Nordeste, exceto Bahia)
www.nova-acropole.org.br (Brasil - Sul, Sudeste e Bahia)

terça-feira, 10 de maio de 2016

Dica de Leitura - O Universo como resposta

O Universo como resposta - Jorge Angel Livraga

Alguma vez você já se perguntou por que sentimos dor? Que opções o homem têm na vida? Com cinco palestras ministradas pelo professor Jorge Angel Livraga, posso te trazer algumas soluções de inquietudes vividas pelo homem ao longo dos anos que nos leva a refletir sobre nosso posicionamento diante da vida.
Abordarei palestras como “Sociedade do conforto e teoria do risco”, “O Universo como resposta”, “Nós, os acropolitanos”, entre outras. Abra minhas páginas e desvele um pouco mais os mistérios do nosso Universo.

Texto da Voluntária da Nova Acrópole Cuiabá - Marina Germinaro

domingo, 8 de maio de 2016

Por dentro da Escola de Atenas - pintura de Raphael Sanzio

O afresco conhecido como “A escola de Atenas” é uma das obras primas do artista renascentista Raphael Sanzio, encomendada pelo papa Júlio II, no ano de 1509, para decorar sua biblioteca, a chamada sala da assinatura no Vaticano. A obra representa um momento de transição da igreja católica ao permitir que o panteão dos filósofos gregos fosse representado em pleno ambiente cristão. O pensamento humanista e a retomada dos valores greco-romanos são representados brilhantemente pelas figuras dos filósofos, matemáticos, astrônomos e maiores pensadores da história presentes nesta pintura. As figuras centrais do afresco são os dois grandes filósofos gregos da antiguidade: Platão e Aristóteles, caminhando em um diálogo peripatético. Platão, de pés descalços, leva seu livro Timeu debaixo do braço apontando o dedo para cima invocando o etéreo, o mundo das ideias. Ao lado, seu discípulo Aristóteles, carregando o livro Ética a Nicômaco, aponta a palma da mão para baixo voltando sua atenção para o mundo físico. Apolo, Deus do sol, e Atena,  Deusa da sabedoria, aparecem acima das figuras humanas que projetam uma linha imaginária separando os Deuses do Olimpo dos homens mortais.
O mítico Diógenes “o cínico” aparece despojado sobre a escadaria que simbolicamente representa o quartenário da teosofia. Alexandre, o Grande, trava uma acalorada discussão com o grande Sócrates no canto esquerdo da pintura. Pitágoras explica aos seus discípulos o mundo através das teorias matemáticas, enquanto Hipátia de Alexandria parece fitar o observador com um olhar que relembra as perseguições cometidas a ela pela igreja católica. Apoiado sobre uma coluna grega Epicuro lê um livro, enquanto atrás dele cruza o estóico Zenão de Cítio. No canto direito Euclides desenha uma figura geométrica perante um grupo de jovens, observado ao longe pelo filósofo espiritualista Plotino.
Raphael desenha a si próprio em meio a um diálogo junto aos grandes astrônomos da antiguidade: Ptolomeu e Zoroastro, transpondo a ideia medieval do artista como um mero artesão. Neste momento da história o artista passa a ser valorizado como um intelectual que consegue captar a arte como expressão do divino. A maestria com que Raphael consegue dar movimento aos personagens, situando-os em um espaço romano com uma perspectiva perfeita, enaltece as figuras dos pensadores que se movem com toda graça, exteriorizando sabedoria e conhecimento. Na mesma época em que este afresco era produzido, poucas salas adiante, outro ícone do renascimento pintava o teto da capela Cistina: Michelangelo, que tem sua face retratada na Escola de Atenas personificando um homem voltando-se para seu interior escrevendo sobre um bloco de granito: Heráclito.

Texto de Fred Arubú - Estudante de Filosofia da Nova Acrópole Cuiabá

quarta-feira, 4 de maio de 2016

De onde surgem os heróis - Homenagem a Marechal Cândido Rondon


Todo povo na construção de sua identidade possui heróis. Homens que por seus valores e virtudes, quando colocados à prova, eram fiéis a eles mesmos e por isso faziam grandes feitos, os diferenciando de homens comuns. Civilizações como a Grega deixaram o legado de heróis míticos, como por exemplo, Hércules e Teseu, que serviam de inspiração a todos, e ajudavam a formar os valores coletivos daquele povo.

Em um momento que falar de valores humanos está tão fora de moda, mesmo que seja tão urgente voltar a dar importância a isso, é sempre bom lembrarmos de homens que tinham sua conduta inspirada em heróis. Do século passado poderíamos lembrar de Mahatma Gandhi, e seu exemplo moral em combater não por meio da violência e sim através do próprio esforço, tudo aquilo que fazia seu povo e seu país, a Índia, serem subjugados por colonizadores. Ou mesmo Nelson Mandela, que depois de 27 anos de prisão, saiu da cadeia diretamente para a presidência da África do Sul, e quando todos pediam vingança e revanchismo, pelo perdão fez um governo de unidade nacional.

Entretanto, vamos falar de heróis brasileiros, apesar de alguns acharem que não os temos. Dedicaremos este artigo a Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, nascido em 5 de maio de 1865, em Mimoso e órfão desde os 2 anos de idade. Descendente de indígenas (etnia Terena, Bororo e Guaná) viveu com seus avós até os 07 anos, quando se mudou para Cuiabá, onde ficou aos cuidados do tio e iniciou os estudos no Colégio Estadual Liceu Cuiabano.

Ele não se contentou com uma vida comum e por força de vontade superou suas muitas dificuldades ao compreender seu próprio papel no mundo. Dizem que os heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. O feito pouco importa, pois o que mais vale é a superação dos próprios limites do homem. A capacidade de demonstrar valor em situações difíceis, sem jamais se deter ante as situações as quais a maioria desiste. Virtuoso é aquele que em tudo que faz pode servir de modelo para uma sociedade ou comunidade, mostrando que o homem pode ser muito maior do que pensa.

Rondon viveu de alguma forma estes aspectos e talvez, por isso, tenha deixado seu nome marcado na história. Foi o 2º ser humano a receber em sua homenagem um meridiano, após cumprir missões abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos de terrenos, ligando o ‘Oiapoque ao Chuí’ e, principalmente, estabelecendo relações cordiais com os índios Bororo, Nhambiquara, Urupá, Jaru, Karipuna, Ariquemes, Boca Negra, Pacaás Novo, Macuporé, Guaraya, Macurape.

Tinha o constante sentido de servir. Em 15 de novembro, dia da Proclamação da República Brasileira, em uma de suas missões nos confins do Brasil disse: “Não posso conceber esse dia sem intensa vibração patriótica pelos destinos da Pátria que tanto amo. E porque amor é ação, é serviço, procuro servi-la sem medir sacrifício: Melhor ama sua Pátria quem melhor a serve e não quem diz que a ama!”.
Entre seus feitos está o esforço para demarcar as fronteiras do território nacional, em épocas onde não existiam estradas e o trajeto era feito por mulas, ou a pé. Instalou linhas teleféricas para comunicar rincões perdidos aos grandes centros do Brasil e, assim, consolidar as dimensões continentais do país. Chefiou missões e percorreu mais de 100 mil quilômetros, descobriu serras, planaltos, montanhas e rios, elaborando as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil quilômetros quadrados de território brasileiro desconhecido, proporcional ao tamanho da França. Protetor dos indígenas, demarcando suas terras, sendo seus esforços fundamentais para a criação posterior da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

Entre as inúmeras histórias de sua jornada, pode-se destacar uma em especial, narrada pelo próprio Rondon:

“(…) havíamos utilizado uma canoa para atravessar o rio, contudo, os índios a haviam soltado. Foi tão grande a decepção que tirou aos meus abatidos companheiros os últimos restos de coragem e energia. Como transpor o rio? A nado? Seria impossível para homens famintos, derreados pela fadiga, doentes, apavorados com a possibilidade de um ataque.
A situação não comportava palavras e gestos inúteis. Era preciso agir. Construí uma pelota com um couro de boi. Carreguei-a com volumes de material e, a nado, por meio de uma corda presa aos dentes fui rebocando a pelota através da correnteza. Entre 13h e 16hs, depois de repetidas viagens, tinha transportado os doentes, e o material.
Um dos homens, completamente exausto, destacou-se da tropa, preferindo deixar-se exterminar ou morrer. Retrocedi e encontrei-o estendido no chão. Resolvi carregá-lo nos ombros, mas minha solicitude fê-lo reviver: ergueu-se e me acompanhou”.

Frases de Rondon:

 “ Ao lado das forças egoístas – a serem reduzidas a meios de conservar o indivíduo e a espécie – existem no coração do homem: tesouros de amor que a vida em sociedade sublimará cada vez mais”.

“Somente relações pacíficas e fraternais poderão fundir e homogeneizar os núcleos humanos (...) mas o que torna possível essas relações é o aperfeiçoamento moral, que não tem caminhado com a mesma velocidade. Preocupado com o mundo exterior, esqueceu-se o Homem do que mais importa, o seu próprio aperfeiçoamento (...) Há conflitos dentro de cada cabeça, conflitos que se dilatam, em cuja colisão tomam preconceitos e antagonismos, caráter muito mais grave do que outrora”.

Ao chegar em Manaus e ser recebido com um presente caríssimo falou:

“Não posso aceitar o presente que quiseram mimosear minha esposa. As pérolas do afeto que me quiseste testemunhar são a joia mais preciosa e que guardarei para sempre.
Não é possível à minha esposa, esposa de um simples oficial, usar as pérolas de um valioso colar, em desacordo com o nosso modesto padrão de vida. Aceitai-o, pois de novo, com os meus mais comovidos agradecimentos”.


Seu Legado:
- Em 1889, Rondon participou diretamente com Benjamim Constant das articulações que resultaram na Proclamação da República Brasileira, sendo um dos comandantes do 2º Regimento de Artilharia à Cavalo que faziam o cerco ao Gabinete de Visconde de Ouro Preto;
- Entre 1892 a 1898 ajudou a construir as linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás, entre Cuiabá e o Araguaia, e uma estrada ligando Cuiabá a Goiás;
- Entre 1900 e 1906 dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e Bolívia;
- Em 1906 encontrou as ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, a maior relíquia histórica de Rondônia;
- Em 1907, no posto de major do Corpo de Engenheiros Militares, foi nomeado chefe da comissão que deveria construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, a primeira a alcançar a região amazônica, e que foi denominada Comissão Rondon. Seus trabalhos desenvolveram-se de 1907 a 1915. Nesta mesma época estava sendo construída a ferrovia Madeira-Mamoré, que junto com o desbravamento e integração telegráfica de Rondon ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia.
- Realizou expedições com a comissão Rondon com o objetivo de explorar a região Amazônica. Em 1910 organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção aos Índios e de maio de 1913 a maio de 1914 realizou mais uma expedição, em conjunto com ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. (Wikipédia – acesso em 03/05/2016, às 10h05).

domingo, 1 de maio de 2016

Sobre o Trabalho - Khalil Gibran

Depois um operário lhe disse: Fala-nos do Trabalho.

E ele respondeu, dizendo:
Vós trabalhais para poder manter a paz com a terra e a alma da terra.
Pois ser ocioso é tornar-se estranho às estações e ficar afastado da procissão da vida que marcha majestosamente e com orgulhosa submissão em direção ao infinito.
Quando trabalhais sois uma flauta através da qual o sussurro das horas se transforma em música.
Qual de vós quereria ser uma cana muda e silenciosa, quando tudo o resto canta em uníssono?
Sempre vos disseram que o trabalho é uma maldição e o labor um infortúnio.
Mas eu digo-vos que quando trabalhais estais a preencher um dos sonhos mais importantes da terra, que vos foi destinado quando esse sonho nasceu, e quando vos ligais ao trabalho estais verdadeiramente a amar a vida, e amar a vida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais secreto da vida.
Mas se na dor chamais ao nascimento uma provação e à manutenção da carne uma maldição gravada na vossa fronte, então vos digo que nada, exceto o suor na vossa fronte, apagará aquilo que está escrito.
Também vos foi dito que a vida é escuridão, e no vosso cansaço fazeis-vos eco de tudo o que os cansados vos disseram.
E eu digo que a vida é mesmo escuridão excepto quando existe necessidade, e toda a necessidade é cega exceto quando existe sabedoria.
E toda a sabedoria é vã exceto quando existe trabalho, e todo o trabalho é vazio exceto se houver amor; e quando trabalhais com amor estais a ligar-vos a vós mesmos, e uns aos outros, e a Deus.
E o que é trabalhar com amor?
É tecer o pano com fios arrancados do vosso coração, como se os vossos bem amados fossem usar esse pano.
É construir uma casa com afeto, como se os vossos bem amados fossem viver nessa casa.
É semear sementes com ternura e fazer a colheita com alegria, como se os vossos bem amados fossem comer a fruta.
É dar a todas as coisas um sopro do vosso espírito, e saber que todos os abençoados defuntos estão à vossa volta a observar-vos.
Muitas vezes vos ouvi dizer, como se estivésseis a falar durante o sono, "Aquele que trabalha o mármore e encontra na pedra a forma da sua própria alma é mais nobre do que aquele que trabalha a terra.
E aquele que agarra o arco-íris para o colocar numa tela à semelhança do homem, é mais do que aquele que faz as sandálias para os nossos pés."
Mas eu digo, não no sono, mas no despertar, que o vento não fala mais documente com o carvalho gigante do que com a mais ínfima erva; e é grande aquele que, sozinho, transforma a voz do vento numa canção tornada doce pelo seu amor.
O trabalho é o amor tornado visível.
E se não sabeis trabalhar com amor mas com desagrado, é melhor deixardes o trabalho e sentar-vos à porta do templo a pedir esmola àqueles que trabalham com alegria.
Pois se fizerdes o pão com indiferença, estareis a fazer um pão tão amargo que só saciará metade da fome.
E se esmagardes as uvas de má vontade, essa má vontade contaminará o vinho com veneno.
E se cantardes como anjos mas não apreciardes os cânticos, estareis a ensurdecedor os ouvidos do homem às vozes do dia e às vozes da noite.

Do livro “O Profeta” - Khalil Gibran

sábado, 30 de abril de 2016

A Alegria das Pequenas Coisas


Há alguns dias, resolvi preparar alguns biscoitos para minhas filhas, como contraponto à rotina de trabalho. E aproveitando as facilidades da tecnologia, encontrei rapidamente um vídeo ensinando a fazer cookies de chocolate.
Os ingredientes estavam facilmente à disposição no supermercado próximo de minha casa, e ante a notícia do que iria fazer, consegui logo 3 ajudantes mirins (minhas duas pequenas, e uma visitante que ficou sabendo e veio mais que depressa).
Em pouco tempo, descobri o quão divertido pode ser ir para a cozinha (e mais ainda com a ajuda delas), e logo estávamos os 4 a curtir alegres (e deliciosos) momentos de preparação e, finalmente, de degustação dos ansiados cookies de chocolate.
Enquanto fazia os biscoitos, na confusão de vasilhas e da batedeira sujas, por mais de uma vez tive de afastar o pensamento de que teria sido bem mais fácil levá-las ao shopping e comprar cookies e, qualquer outra coisa, prontos. E por mais de uma vez tive de resgatar a ideia original, de que estava ali por outro motivo, e não simplesmente preparando um lanche.
E depois disso, refleti sobre o motivo de termos poucos desses momentos; momentos de alegria tirados de circunstâncias simples e despretensiosas. E um deles, percebi, é a ânsia de buscar o fácil e o cômodo do pronto, quando poderíamos ter o alegre e divertido do aprender a fazer.
Nós nos acostumamos ao fast food e ao fast tudo. Acreditamos na propaganda massiva que nos convenceu de que para ser felizes precisamos ter aquele apartamento, aquele carro, ir àqueles lugares, comer aquelas comidas e, até mesmo, ser daquele jeito. É tudo vendido pronto, facilmente ao alcance de todos (que tenham o dinheiro suficiente, claro). Mas conquistar essa quantidade de coisas, para a imensa maioria de nós, é simplesmente impossível.
Mas porque acreditamos nisso, corremos a buscar ter as coisas das quais realmente não precisamos, e nos endividamos. Vamos a muitos lugares, e parece tudo igual. Alimentamo-nos com comidas que não nos fazem bem, e adoecemos. Esforçamo-nos por impressionar as pessoas com uma aparência e comportamentos que não convencem nem a nós mesmos, e depois..., ficamos tristes.
É que, convencidos pela enganosa propaganda, passamos a acreditar apenas na força do dinheiro, como fator de felicidade. Perdemos a capacidade de olhar ao redor e ver a força das pequenas coisas que estão aí (mas a cada dia menos). Estão esperando que voltemos a vê-las. Depois descobrimos que a felicidade não é o resultado do acúmulo, pois se fosse, todos os ricos seriam felizes. E a realidade, é que muitos, confessadamente, não o são.
O engano tomou tal proporção, que já não sabemos mesmo do que realmente gostamos. E nosso gosto passa a variar com a moda, tão artificial quanto as comidas coloridas que ingerimos.
Ouvimos músicas (será que podem ser chamadas assim?) porque todo mundo está ouvindo. Mas quem foi que começou a ouvir? Tinham bom gosto essas pessoas? E existe o bom gosto, ou qualquer gosto é válido?
Nós assistimos a programas de TV porque é o que está passando. Mas quem decidiu o que passar? Baseado em que critério? Tinha a intenção de nos fazer aprender boas coisas?
Diziam os antigos filósofos que as ideias, assim como os alimentos, modificam-nos. Se comermos coisas ruins, nossa saúde se degrada. E se assistimos, ouvimos e lemos coisas de má qualidade, o que ocorre?
Compramos telefones inteligentes (smart phones), e nos tornamos aficionados a eles ao ponto de já não olharmos direito ao redor (será que são mais smart do que nós?), de estar presos às telas com se a vida estivesse lá dentro, e fosse mais importante se manter conectados à vida lá, do que à vida que temos ao nosso redor. E é cada vez mais comum ver um grupo de pessoas mudas, ao redor de uma mesa num café, presos às telas de seus aparelhos, como uma nova forma de vício (e por falar em vícios... melhor deixar para outro dia).
Não é minha pretensão dar alguma receita de felicidade (mas pode me pedir a dos cookies, se quiser), mas apenas chamar a atenção do leitor para algo simples e verdadeiro: É que, se não temos à vista a felicidade, que é algo grande, podemos ter, com facilidade, muitos momentos de alegria, todos os dias, se soubermos apenas apreciar as pequenas coisas e momentos que nos cercam cotidianamente.
Há que deixar de lado as neuroses da pressa, do que nos falta comprar, e a ânsia por estar em outro lugar fazendo outra coisa. Curtir mais o que temos ao nosso redor, as pessoas que convivem conosco, as coisas que já temos e o clima da estação. Fazer, se possível, antes que comprar ou contratar. Ler bons livros, ao invés de assistir a uma programação de gosto duvidoso na TV. Conversar com as pessoas sem segundas intenções, mas com sinceridade, querendo compreender a tudo e a todos.
Enfim, se trata de apreciar a vida de forma natural, com o que ela nos traz. Aprender dela com a curiosidade de uma criança que recém iniciou seus estudos. E gostar do que aprendemos mais do que de coisas. Pois ao final, o que levaremos conosco da vida? Certamente não as coisas que tenhamos acumulado.
E não poderia ser essa uma forma da felicidade? (porque penso que pode haver outras): uma vida de momentos alegres, unidos por um propósito de vida honesto.
E se tivermos que nos atribular, que seja pelas coisas válidas, pelo que realmente conta e faz falta: pela paz, pelo amor, pela educação, pelo direito a viver de forma digna.
E se tivermos de lutar, que seja pelo Bem e pela Justiça.
Como diziam os antigos romanos, carpe diem (aproveite o dia), e seja feliz.

Jean Cesar Antunes Lima

Professor de filosofia em Nova Acrópole

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Viver no Ritmo - O que a vida está te pedindo agora?

Uma ferramenta que facilita a vida e nos permite mais rendimento.

Sempre consideramos o ritmo como uma qualidade inerente a algo, seja a música, a vida ou uma máquina (biológica ou mecânica). Agora, tentaremos nos aproximar do ritmo com outra perspectiva, não como uma qualidade, mas uma ferramenta, um poder que pode servir para melhorar nossa vida e, ao mesmo tempo, tentar compreender um pouco mais sobre este misterioso elemento da natureza.
A primeira coisa que temos que considerar é que o ritmo permite que a vida se desenvolva em todos seus aspectos. Pensemos por um momento, através de diversos exemplos: a natureza tem um ritmo que, normalmente, emana dos movimentos planetários. Todo tipo de vida que se desenvolve neste planeta depende deles e um exemplo disto é nosso sistema agrícola. Sabe-se quando é tempo de semear e quando é tempo de colher, graças à natureza, que é, nesse sentido, “predizível”, posto que sempre cumpriu seu inexorável ritmo, seja através dos dias e das noites, das estações, das marés e de outros tantos elementos rítmicos.
Outro exemplo, mais próximo, pode ser o nosso próprio coração. Pulsa num ritmo determinado, lento quando não temos muita atividade ou mais rápido quando fazemos algum esforço físico. Mais lento ou mais rápido, mas sempre seguindo um ritmo. Estes batimentos do coração são a base de nossa saúde física e, em cada impulso do coração, a vida percorre todo nosso corpo. Do mesmo modo, nossos pulmões insuflam ar e eliminam toxinas ritmicamente permitindo que nosso organismo funcione como um perfeito relógio.
Nossas cidades também são enormes orquestras, a cada manhã, os distintos ritmos de todos os cidadãos formam uma estranha sinfonia. Os semáforos marcando o ritmo do tráfego, as empresas, escolas e comércios marcando o ritmo das pessoas. O ritmo está constantemente presente em nossa vida.
Por outro lado, podemos pensar nos resultados da falta de ritmo nos exemplos anteriores, para percebermos sua importância para o funcionamento da vida. No primeiro caso, o drama que se produziria se a natureza não mantivesse um ritmo concreto é óbvio. Imaginemos que o período dia/noite ou as estações não estivessem ritmadas, que não soubéssemos quando vai amanhecer ou anoitecer, ou quanto duraria a neve no inverno. O caos produzido e as catástrofes naturais seriam de tal envergadura que a existência, seja vegetal, animal ou humana, desapareceria em um curto período de tempo. No caso do nosso coração, os médicos falam da arritmia como uma irregularidade no ritmo natural do coração. Um dos tipos de arritmia mais conhecido é a fibrilação, que ocorre quando se produzem pulsos rápidos e não coordenados, que são contrações de fibras musculares cardíacas individuais e que, caso não seja corrigido, (com descargas elétricas que interrompam por um instante o coração para que volte a pulsar com ritmo) pode causar a morte.
Por outro lado, tanto em um exemplo como no outro seria difícil ou impossível viver tranquilos sem saber se amanhã amanhecerá ou se haverá uma próxima batida do coração.
Dessa maneira, parece que na natureza o ritmo é uma força poderosa e necessária. Além disso, é extremamente difícil imaginar que não cumpra seu ritmo, já que isso é algo tão intrínseco, que não podemos prescindir dele nem na imaginação. Entretanto, custa-nos manter o ritmo para realizar nossas tarefas cotidianas, funcionando normalmente por impulsos.
Algumas vezes temos tarefas, trabalhos ou atividades que nos parecem pesadas ou muito difíceis de fazer, chegando até a parecer impossíveis. Outras vezes pensamos que nossa vida cotidiana nos cansa. Analisemos isso de outro ponto de vista: utilizei o ritmo para realizar a tarefa ou, pelo contrário, trabalhei de maneira arrítmica?
Um exemplo para esclarecer: quando éramos estudantes, nos falavam que estudássemos todos os dias um pouco, simplesmente para repassar o que foi dado noe dia e, entretanto, às vezes, apenas acabamos estudando um ou dois dias antes do exame. Esta segunda opção gera angústia, cansaço e o pior é que não desfrutamos do que estamos estudando. Na primeira opção não há esforço, salvo a disciplina de fazê-lo todos os dias, simplifica a tarefa (posto que a dividimos em pequenas partes mais assimiláveis) e nos dá mais tempo para desfrutar do que estamos aprendendo, facilitando a memória a longo prazo. Outro aspecto importante do ritmo, é que o tempo é mais aproveitado e multiplica-se até pontos insuspeitados. Provemos fazer qualquer atividade ou tarefa, simplesmente 15 minutos por dia durante todos os dias, com disciplina e perseverança. Veremos que em pouco tempo sabemos muito mais ou temos mais prática do que tínhamos pensado no início do nosso plano. E não nos custou tanto esforço como tínhamos pensado, já que o ritmo tem a qualidade de que, uma vez estabelecido e incorporado na nossa vida, fica muito fácil segui-lo. É como uma música com um bom ritmo que te faz dançar quase inconscientemente. Simplesmente ouve-se a música e quando damos conta, já tem alguma parte do corpo (ou tudo), que está seguindo o ritmo. Isto se traduz, em nossa vida, como alegria de viver. Uma alegria de viver que se traduz em saúde, se além disso, cuidamos de nossos ritmos alimentares e de descanso.
Outro aspecto importante, é que cada pessoa encontre seu ritmo. Todas as pessoas têm um ritmo distinto, que deve ser encontrado e usado em nossas vidas. Se trabalharmos nesse ritmo, o de cada um, encontraremos o ponto de máxima eficiência. Quer dizer, faremos as coisas da melhor maneira, empregando o esforço justo. Hoje em dia, uma das doenças mais freqüentes é o chamado estresse, que surge do fato de vivermos normalmente contra o ritmo ou num ritmo distinto do nosso. Há pessoas que trabalham melhor de noite, outras pela manhã, outras, com cinco horas por dia, rendem o mesmo ou mais que trabalhando oito, entretanto outras necessitam das oito horas para desenvolver suas atividades. Normalmente, não “perdemos” tempo (nem as empresas) para procurar nosso ritmo e seguimos um preestabelecido, diminuindo nossas possibilidades e qualidade de vida.
Por último, devemos lembrar de algo que é claro para os músicos, que o ritmo está relacionado com a harmonia, que é a união e combinação de ações (sons, no mundo musical) iguais ou distintas, mas acordes. Isso significa que, em nossa vida, podemos realizar ações combinadas harmoniosamente e com ritmo, para obter qualquer objetivo que determinamos, usando o esforço justo e necessário, transformando o cansaço ou estresse em alegria de viver. Lembremos que o ser humano não tem porque viver cansado, da mesma maneira que uma planta, uma árvore ou um animal não vive cansado, mas que vive como é, fazendo o que lhe corresponde com um determinado ritmo. A vida não pode ser uma tarefa que nos esgote, devemos encontrar o ritmo que nos permita vivê-la plenamente.
Quando vemos as Pirâmides, ou outros monumentos da antiguidade, não podemos imaginar com quais ferramentas ou métodos foram construidos, e pode ser que a solução para esse enigma seja que, durante gerações, sem pressa mas sem pausa, seguindo o mesmo ritmo da natureza, que nossos antepassados conheciam tão bem, fossem construindo monumentos e templos, que ainda hoje nos causam espanto. Graças ao poder do ritmo.

Bibliografia
– Estratégia do Pensamento – Ed. Nova Acrópole
– http://www.texasheartinstitute.org/
– http://www.rae.es/rae.html

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Aniversário Nova Acrópole Brasil - 32 anos

Dia 26 de Abril de 1984, o professor Michel Echenique Isasa, chega em São Paulo para abrir a primeira sede da Organização Internacional Nova Acrópole no Brasil!

Feliz Aniversário Nova Acrópole Brasil!! ✨🎁🎉————————————————————————
Nova Acrópole foi fundada em 1957 em Buenos Aires (Argentina) pelo professor Jorge Ángel Livraga Rizzi (1930-1991), historiador e filósofo. Tendo por base seu caráter filosófico, cultural e social, pautada no voluntariado, encontra-se atualmente em mais de 50 países, nos cinco continentes, reunindo milhares de membros e apoiadores.
Ela reúne em torno dos mesmos princípios e fundamentos as associações dos diferentes países em que se encontram.
Na Bélgica, Nova Acrópole é reconhecida como associação internacional sem fins lucrativos (Real Decreto de 12 de fevereiro de 1990, n.3/12-941/S, de acordo com a lei 25/10/19 do Reino da Bélgica) e está inscrita no Registro Internacional de Associações (ver Moniteur n.48 de 9 de março de 1990, página 4489). Desde 1992, a presidência da Organização Internacional está a cargo de Delia Steinberg Guzmán.
No Brasil, Nova Acrópole foi fundada por decisão de seus associados, nos termos da legislação brasileira. Sua estrutura associativa garante o respeito à diversidade, à autonomia e à iniciativa de cada um de seus integrantes. E seu funcionamento permite que sua ação se desenvolva com total independência de interesses políticos, religiosos ou financeiros.
“Somos filósofos idealistas construindo um mundo melhor”

Dica de Leitura!

O Cavalheiro Preso na Armadura - Robert Fisher


Olá! Sou o cavalheiro mais poderoso de todo Reino, já derrotei dragões e resgatei diversas princesas.
Levo sempre comigo minha nobre armadura e minha espada, para estar pronto ao combate em todos os momentos.
Já não sei mais viver sem minha armadura, começo a me preocupar, pois não consigo tirar ela, onde eu vou ela está comigo, na feira, na minha casa e até no banheiro !!!
Preciso de ajuda!? Já sei! Vou procurar o Mago Mérlin, ele é um sábio de uma antiga tradição ... Quem sabe ele tem a receita mágica para tirar esta Armadura.

Convido você a participar desta busca pela Trilha da Verdade... Vem comigo e iremos conhecer três magníficos castelos que vão nos revelar segredos e abrir as portas dos maiores mistérios que existem.


Lembrando que para dar o primeiro passo nesta jornada é preciso que você me leia, só assim posso arrancar esta armadura que esta me aprisionando. Quem sabe você lendo também não consiga tirar um pouco da sua?

Este livro faz parte da coleção de obras clássicas da Biblioteca Ganesha - Nova Acrópole Cuiabá. Todos os estudantes podem ter acesso aos livros e depois de três meses matriculado no curso de Filosofia Prática pode-se realizar empréstimos. 

Turmas abertas!!!

Texto do voluntário da Nova Acrópole Cuiabá
Bruno Motta