Você já reparou que o homem caminha invariavelmente para o belo? Todos os dias ao acordar a primeira coisa que fazemos é arrumar a cama para que ela fique bela. Depois seguimos para o espelho, tomamos banho e penteamos o cabelo para ficarmos bonitos. Vestimos a roupa que nos agrada, combinamos as cores. Gostamos de ver a mesa do café bem posta. Admiramos se o dia está limpo e iluminado, estranhamos se está cinzento e escurecido. Encantamo-nos com uma borboleta ou beija-flor que passe pelo nosso caminho. Sentimos e vemos o belo mesmo que de forma inconsciente.
Para o filósofo Jorge Angel Livraga, o Belo é uma forma sensível da harmonia que transcende os objetos e ao qual o mundo material serve unicamente de suporte. A beleza seria então a mais imaterial e dinâmica das formas. Platão já dizia que a esfera do belo, bom e do Ser são uma mesma e tripla emanação do UNO, assim, quanto mais perfeita for a alma, mais ela ressoa na presença da perfeição universal. Do contrário, os objetos materializados a um grau extremo,carecem de beleza.
Para ele, só vê o belo quem o tem dentro de si. Assim como apenas reconhece a justiça aquele que é justo, já que não podemos identificar algo que não conhecemos. O diretor nacional da Nova Acrópole, Luis Carlos Marques, costuma dizer que o estranhamento causado pela arte
moderna é justamente um contraponto ao belo. “Uma imagem bela pode ser reconhecida por qualquer pessoa, se precisamos ter amplo conhecimento estético para reconhecer uma obra de arte, algo está errado”.
Estética, harmonia e beleza é o elemento que mais cotidianamente se vivencia e a arte é ciência que tem por finalidade a beleza. Livraga observa que qualquer um pode se tornar artista desde que harmonize sua natureza e espiritualize seu caráter, com alma e físico alinhados. Para ele, a arte precisa ser um elemento que busca a verdade e tem como finalidade enaltecer e purificar as massas humanas. “O artista é, então, um pontífice; é uma ponte, uma conexão, uma relação entre o mundo invisível e o mundo visível. É aquele capaz de interpretar o secreto, escondido, o que vulgarmente não se vê, e o traz ao mundo, seja sob a forma de música, de pintura, de escultura, ou de arquitetura, para que todos possamos participar”.
Às vezes o ser humano é imerso em tantos conceitos que acaba perdendo a clareza do que seja de fato o belo e a arte. “Precisamos reaprender a ver o belo, enxergá-lo na nossa vida cotidiana, buscá-lo em tudo e em todos”, comenta o professor de filosofia Roni Almeida. Ele explica que basta um exercício simples. “Todos os dias observe aquilo que você lê, ouve, ou assiste. Se ao fazê-lo você se sentir triste, desmotivado ou para baixo é por que aquilo certamente não está fazendo bem. Se, do contrário, você se sentir mais alegre, disposto e revigorado, certamente a beleza estava presente, caso contrário, reveja seus hábitos”.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre arte, beleza e harmonia, pode participar do Dia Mundial da Poesia, que será nesta quinta-feira, às 19h30, na sede da Nova Acrópole. O evento contará com apresentações culturais de poesia e música, a entrada é franca.
Nova Acrópole CuiabáA escola fica na Rua J, quadra 2, casa 12, bairro Araés, rua entre o Procon-MT e a Polícia Federal. Outras informações: (65) 3623-8051/8127-4020. Acompanhe as notícias: www.facebook.com/NovaAcropoleCuiaba.