quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

As ferramentas para lidar com o futuro


O diretor da Nova Acrópole Cuiabá, Roni Almeida, pontua que
ao contrário do que a sociedade prega, o homem não é apenas
um ser 'socioeconômico', ele precisa desenvolver valores,
que são seus atributos essenciais
"O mundo em que vivemos nos ensina uma profissão, uma habilidade para que possamos sobreviver, porém não nos traz meios de viver". Essa foi uma das primeiras reflexões do diretor da Nova Acrópole Cuiabá, Roni Almeida, durante a palestra 'Como lidar com o futuro', realizada na noite de ontem, na capital. Ele pontuou que é importante pensar sobre a própria vida, 'se é apenas isso?', porque ao contrário dos animais, que têm a vida volta aos instintos e à sobrevivência (alimentar-se, cuidar do corpo, dormir, procriar e cuidar da prole), e fazem isso muito melhor que o homem, o homem, por outro lado, deve buscar 'ser humano' e os atributos que o torna essencialmente humano e mais próximo dos deuses, que é o desenvolvimento de virtudes, que são os valores humanos, como generosidade, compaixão, humildade, gentileza, contemplação da beleza (afinal, um cachorro jamais vai contemplar o pôr do sol!), justiça, entre outras.

Roni acrescentou que o primeiro passo para 'lidar com o futuro' é entender o 'presente'. Onde estamos, afinal? O mundo e a sociedade pregam que o homem é um ser 'socioeconômico', ou seja, que para ser feliz precisa ser reconhecido como alguém que possa 'comprar/consumir', tenha riquezas materiais, e ser reconhecido socialmente. Mas será que todos os que possuem esses atributos são realizados? São felizes realmente? "Será que o que a coletividade me diz é próprio da minha natureza? Será que é este o caminho?". Como falta conhecimento básico sobre nós mesmos, quem somos, onde estamos, se é realmente isso que buscamos (como alma imortal), a maioria deixa passar oportunidades únicas de viver uma vida mais harmonizada e feliz. "A vida é simbólica, conversa conosco a partir de símbolos, acontecimentos que se repetem, situações que querem nos dizer alguma coisa, mas normalmente nos falta um mapa para conseguir ler e entender qual o caminho".

O domínio de si mesmo 

A educação consiste em ensinar primeiro a  fazer o bem
e só depois instruir, assim os conhecimentos adquiridos
serão usados para contribuir e não destruir
Do que adiantar saber e não fazer? A informação sem a vivência não acrescenta. "A proposta da Nova Acrópole é que seus alunos vivam o conhecimento porque assim esse conhecimento passar a ser dele, ninguém tira de você aquilo que é seu, que você experimentou". Roni colocou três ferramentas importantes para que a partir da utilização delas você possa obter o 'domínio de si mesmo': a memória, a consciência e a imaginação, sempre guiadas pela 'vontade', que é chama divina que faz o homem realizar, fazer, sair da condição de inércia e vencer a si mesmo. Sem 'vontade' ninguém sai cedo da cama para trabalhar, pois a 'mente de desejos' sempre traz 'desculpas' maravilhosas para que se possa 'dormir mais 5 minutinhos', correto? A dieta sempre fica para depois ou começa na segunda e termina na terça. "O deus da oportunidade na Grécia era representado por um homem que possuía um topete na frente e era careca atrás, simbolicamente isso nos mostra que quando as oportunidades vêm ou nós a seguramos pela frente ou já não conseguimos por trás".

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